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"Brincar com crianças não é perder tempo, é ganhá-lo; se é triste ver meninos sem escola, mais triste ainda é vê-los sentados enfileirados em salas sem ar, com exercícios estéreis, sem valor para a formação do homem."

( Carlos Drummond de Andrade )


quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Como funciona o telefone?

Invento foi registrado em 1876 pelo escocês Alexander Graham Bell


(Ilustração: Lula)


Para que não haja dúvida, queremos saber sobre o funcionamento do telefone fixo, aquele que temos em casa, no trabalho, na secretaria da escola. Portanto: celulares estão de fora! Mas antes de qualquer explicação sempre cabe um pouquinho de história...

A invenção do telefone fixo foi devidamente registrada – ou patenteada – em 1876, por Alexander Graham Bell, um escocês que, na verdade, estava pesquisando aparelhos para deficientes auditivos (a mãe dele não escutava bem). Em meio a esse trabalho, Bell acabou descobrindo um meio de comunicação para fazer as pessoas conversarem a distância. Mas como é que funciona esse aparelho que tanto pode ligar para a farmácia da esquina quanto para um amigo lá no Japão?

O telefone fixo, por mais que seja sem fio, tem sempre um módulo ligado àquela tomada em formato diferente. Essa tomada é, portanto, a nossa conexão com a linha telefônica. Os fios dessa tomada seguem para uma central telefônica. Esta central, por meio de outros fios, se conecta a outras centrais telefônicas, que se ligam a outras...

Enfim, quando você tecla um número (ou disca, para quem usa aparelhos de telefone mais antigos), a central telefônica da sua linha verifica onde está localizado o telefone com o qual você deseja falar e vai estabelecendo conexões, via outras centrais, até chegar a ele. Se for uma ligação interurbana, ou seja, entre cidades, o código de Discagem Direta a Distância (DDD) permite a ligação com centrais telefônicas da cidade em questão para localizar o número que você deseja. Já o código de Discagem Direta Internacional (DDI) possibilita que sua chamada seja encaminhada a centrais de outros países.

Hoje em dia, todo esse processo, chamado de comutação, é feito por computadores, que são muito velozes na localização do número discado, completando a ligação. Antigamente, porém, essa conexão entre centrais telefônicas até a localização do número desejado era feita manualmente por operadores de centrais telefônicas. Preste atenção em filmes e desenhos antigos: vira e mexe surge a cena de alguém tirando o telefone do gancho e dizendo: “Telefonista, ligue-me com o número...” E as telefonistas iam conectando fios em gigantescos painéis, que se comunicavam com outras centrais telefônicas e outras, até chegar ao número solicitado. Esse processo poderia levar de alguns minutos a algumas horas, dependendo do número de conexões necessárias.

Hoje, o telefone fixo está perdendo terreno para o telefone móvel, o celular. E é fácil entender por que: é que, no primeiro, o sinal segue por fios, enquanto, no segundo, segue pelo ar, por ondas eletromagnéticas, isto é, sem fio, o que torna o telefone um aparelho portátil, que permite a nossa comunicação com outras pessoas em qualquer lugar que chegue o sinal.

Dizem os especialistas que o celular irá substituir totalmente o telefone fixo dentro de uns vinte anos. Se essa aposentadoria chegar mesmo, tudo bem. Afinal, o velho aparelho terá nos prestado bons serviços por uns 150 anos, não é?


Luiz da Silva Mello
Centro de Estudos em Telecomunicações
Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro

Fonte: CHC 204 - 2009

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