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"Brincar com crianças não é perder tempo, é ganhá-lo; se é triste ver meninos sem escola, mais triste ainda é vê-los sentados enfileirados em salas sem ar, com exercícios estéreis, sem valor para a formação do homem."

( Carlos Drummond de Andrade )


sexta-feira, 20 de março de 2009

Educação na diversidade




Fundamentos para Educação Especial

Educação na Diversidade


A educação inclusiva está baseada na necessidade de proporcionar a igualdade de oportunidades, mediante a diversificação dos serviços educacionais de modo a entender as diferenças individuais do aluno, por mais acentuada que seja. É claro que esta visão sobre a criança portadora de deficiência há algum tempo atrás não era vista da mesma forma. Esta mudança passou por várias fazes, da mais cruel para chegarmos onde hoje estamos. No fim do século XV, na Grécia a criança portadora de deficiência era vista como uma “aberração”, e assim exterminada, pois naquele período se valorizava a beleza física. No Cristianismo influenciados pelo Clero começaram a ver essas deficiências como um Dom Divino e até mesmo como punição de Deus. A mudança da sociedade influenciou para a criação de instituições para pessoas portadores de deficiências físicas ou “deformações”. A partir daí, foram criadas instituições para acolher dos portadores de deficiência físicas e mentais. Apesar da mudança as pessoas portadoras de deficiência eram excluídas da sociedade, pelo fato de acreditarem que não seriam capazes de se integrar normalmente na sociedade. O século XX da seguimento ao processo de humanização da sociedade. Junto com a Declaração dos Direitos Humanos em 1948, se inicia um processo de institucionalização dos portadores de deficiência. A educação especial surge como uma proposta inovadora de aplicação dos conceitos pedagógicos, na formação da cidadania e na apreensão da cultura universal pelas pessoas com história de deficiência. O nosso país fez a opção pela construção de um sistema universal inclusivo, com o que diz respeito a Declaração de Salamanca (Espanha, 1994) na conferência mundial sobre Necessidades Especiais: Acesso e Qualidade. A Declaração de Salamanca visa os direitos das pessoas Portadoras de Necessidades Especiais na escola inclusiva. A concepção da Educação Inclusiva desloca-se das necessidades sociais expressas nos currículos padrão tradicionalmente organizados, para o âmbito das necessidades individuais do aluno.
A educação inclusiva deve ser aplicada de forma com que a escola se adapte ao aluno e não o aluno com necessidades especiais se adapte a escola. Cada criança tem características, interesses, capacidades e necessidades de aprendizagens próprias e diferentes. Afinal, ninguém é igual a ninguém e nem mesmo tão diferente.
A escola do ensino regular deve assumir essa forma integradora de modo que possa interagir com a comunidade e a família. Não podemos assumir atitudes discriminatórias, seja ele por qualquer motivo, será que nos como educadores podemos aceitar uma criança com necessidades especiais e recusar um aluno que por algum motivo veio à escola com os pés no chão? Cabe a todos nós abolirmos a barreira do preconceito, descriminação e dificuldades. A inclusão não se limita apenas a integração no ensino regular, mas também na comunidade, na família e na sociedade em geral. É uma atitude de aceitação, de mudança, de transformação. Todas as crianças devem aprender juntas, independentemente de suas dificuldades e necessidade educacionais especiais, deve receber todo o apoio educacional e eficaz.
Isso não se limita apenas ao ensino regular, mas ao ensino secundário, superior e profissional, por isso é que a sociedade e família com a escola devem agir juntas para que a inclusão realmente possa ser fundamentada. As crianças com dificuldades especiais não podem ser excluídas, mas sim, encaminhadas as salas regulares e se necessário às salas especiais onde terão o atendimento especializado para o melhor desenvolvimento e desempenho de se mesma.

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