Não é receita de bolo
Mais conhecido no Brasil por meio das idéias do biólogo, epistemólogo e psicólogo suíço Jean Piaget, vale lembrar que o construtivismo não apresenta respostas sobre o que e como ensinar. E tampouco pode ser confundido como um método de ensino. "O construtivismo é uma teoria epistemólogica e psicológica que pretende descrever e explicar como se desenvolvem os conhecimentos e que pode fundamentar a prática educativa".
No construtivismo, o conhecimento não está nem no indivíduo nem no objeto: mas sim na interação entre eles.
Sete lições importantes
1. Busca do significado: no construtivismo, nada é mágico, "tarefeiro" ou técnico. Tudo é significado; tudo é construído "significativamente". A ideia não é deixar o aluno fazer tudo que quiser, mas fazer com que ele queira tudo o que faz.
2. No dia-a-dia: não há atividades específicas própias do construtivismo. Toda a atividade que tenha um significado para o aluno e que lhe toque a razão e a sensibilidade é adequada para sua aprendizagem.
3. Ação: lançar mão de recursos que mobilizem os alunos para a ação, seja material, seja mental, e os motivem a aprender é uma característica inerente ao ensino no qual se baseia essa teoria.
4. Sensibilização: cabe ao professor lidar com os interesses próprios de cada etapa do desenvolvimento. Os recursos usados para esse fim só serão bem-sucedidos se os alunos forem sensibilizados por eles.
5. Educador versus animador: no construtivismo o educador não tem o papel de animador. Não cabe a ele "motivar o aluno".
6. De casa para a escola: nem sempre o assunto trazido pela criança deve ser o objetivo do de ensino-aprendizagem. Algumas experiências cotidianas não são proveitosas. A ideia de "trabalhar o que o aluno traz de casa" significa, sobretudo, considerar que os conteúdos escolare não são assimilados exatamente como os transmitidos. "Mas que dependem das condições cognitivas do aluno em dado momento de seu desenvolvimento".
7. Memorização: atenção! O construtivismo não exclui as atividades que dependem da memorização. Alguns conteúdos, como ortografia e tabuada, por exemplo, exigem essa função. "Esses não são conteúdos a serem construídos, mas adquiridos apenas na educação escolar. Oferecê-los no currículo não significa absolutamente abrir mão da atividade do aluno".
Fonte: Revista Guia Prátido de Professores de Educação Infantil, edição de Julho de 2009.
Nenhum comentário:
Postar um comentário