Estou postando o projeto "Trabalhando as diferenças - resgatando o companheirismo, com o Livro "ELMER - O elefante", de David Mackee. A história segue abaixo. Este projeto, pode ser , trabalhado no Ensino Fundamental I; e pode ser readaptado para a Educação Infantil também. O trabalho foi apresentado na JORNADA PEDAGÓGICA 2009.
Espero que tenham gostado da sugestão! Qualquer dúvida podem comentar.
Beijooosss!
Solange Branco
O LIVRO DO ELMER (pode ser confeccionado com as crianças)
TRABALHANDO O TATO COM AS CRIANÇAS. COLAGENS DE TEXTURAS DIVERSAS (sementes, algodão, lixa, eva, papéis diversos, areia, lantejoulas, etc)
JOGO DE PERCURSO
Justificativa
Cuidar do outro implica em compromisso com o semelhante, é ação pautada em princípios e valores. Implica em desenvolver solidariedade e compreensão, em ter uma dimensão ética e de respeito com as pessoas. Aprender a cuidar do outro implica num intenso processo de interação e de formação de vínculos. O cuidado com o outro é concretizado em ações e atitudes realizadas para promover o conforto e o bem-estar do outro. O toque físico é uma das principais manifestações de cuidado e bem presente no cotidiano. O ato de tocar aproxima as crianças entre si.
Objetivo Geral
Assuntos-Atividades-Situações
Apresentar o tema para os alunos, realizando roda de discussão, chamando a atenção da turma para a importância da colaboração, reconhecendo e valorizando a importância da solidariedade, cooperação e ajuda mútua.
Após contar a história conversar sobre ela, e as atitudes de Elmer por se achar inferior aos demais elefantes pelo fato de ser diferente. Mostrar na conversa que o importante na vida não é ser igual à todo mundo e sim de sermos pessoas boas.
Abaixo a história para trabalhar as Diferenças e o Resgate do Companheirismo.
Eixos Temáticos:
Linguagem oral e escrita, Matemática, História, Ciências, Artes.
Elmer o Elefante
Elefantes assim, elefantes assado, todos diferentes, mas todos felizes e todos da mesma cor. Todos, quer dizer, menos o Elmer.
O Elmer era diferente.
O Elmer era aos quadrados.
O Elmer era amarelo e cor de laranja e encarnado e cor-de-rosa e roxo e azul e verde e preto e branco.
O Elmer não era cor de elefante.
Era o Elmer que mantinha os elefantes felizes. Às vezes era ele que pregava partidas aos outros elefantes, às vezes eram eles que lhe pregavam partidas. Mas quando havia um sorriso, mesmo pequenino, normalmente era o Elmer que o tinha causado.
Uma noite o Elmer não conseguia dormir; estava a pensar, e o pensamento que ele estava a pensar era que estava farto de ser diferente. “Quem é que já ouviu falar de um elefante aos quadrados”, pensou ele. “Não admira que se riam de mim.” De manhã, enquanto os outros ainda estavam meio a dormir, o Elmer escapou-se muito de mansinho, sem ninguém dar por isso.
Enquanto atravessava a floresta, o Elmer encontrou outros animais.
Todos eles diziam: “Bom dia, Elmer.” E de cada vez o Elmer sorria e dizia: “Bom dia.”
Depois de muito andar, o Elmer encontrou aquilo que procurava – um grande arbusto. Um grande arbusto coberto de frutos cor de elefante. O Elmer agarrou-se ao arbusto e abanou-o e tornou a abaná-lo até que os frutos terem caído todos no chão.
Depois de o chão estar todo coberto de frutos, o Elmer deitou-se e
rebolou-se para um lado e outro, uma vez e outra vez. Depois pegou em cachos de frutos e esfregou-se todo com eles, cobrindo-se com o sumo dos frutos, até não haver sinais de amarelo, nem cor de laranja, nem de encarnado, nem de cor-de-rosa, nem de roxo, nem de azul, nem de verde, nem de preto, nem de branco. Quando o acabou, Elmer estava parecido com outro elefante qualquer.
Depois o Elmer dirigiu-se de regresso à manada. De caminho voltou a passar pelos outros animais. Desta vez cada um deles disse-lhe: “Bom dia, elefante.” E de cada vez que Elmer sorriu e disse: “Bom dia”, muito satisfeito por não ser reconhecido.
Quando o Elmer se juntou aos outros elefantes, eles estavam todos muito quietos. Nenhum deles deu pelo Elmer enquanto ele se metia no meio da manada.
Passado um bocado o Elmer sentiu que havia qualquer coisa que não estava bem. Mas que seria? Olhou em volta: a mesma selva de sempre, o meu céu luminoso de sempre, a mesma nuvem escura que aparecia de tempos em tempos, e por fim os mesmos elefantes de sempre. O Elmer olhou para eles.
Os elefantes estavam absolutamente imóveis. O Elmer nunca os tinha visto tão sérios. Quanto mais olhava para os elefantes sérios, silenciosos, sossegados, soturnos, mais vontade tinha de rir. Por fim não conseguia aguentar mais. Levantou a tromba e berrou com quanta força tinha:
BUUU!
Com a surpresa, os elefantes deram um salto e caíram cada um para seu lado. “São Trombino nos valha!”, disseram eles, e depois viram o Elmer a rir perdidamente. “Elmer”, disseram eles. “Tem de ser o Elmer.” E depois s outros elefantes também se riram como nunca se tinham rido.
Enquanto se estavam a rir a nuvem escura apareceu, e quando a chuva começou a cair em cima do Elmer os quadrados começaram a aparecer outra vez. Os elefantes não paravam de rir enquanto o Elmer voltava às cores do costume. “Oh Elmer”, ofegou um velho elefante. “Já tens pregado boas partidas, mas esta foi a melhor de todas. Não levaste muito a mostrar as tuas verdadeiras cores.”
“Temos de comemorar este dia todos os anos”, disse outro. “Vai ser o dia do Elmer. Todos os elefantes vão ter de se pintar e o Elmer vai-se pintar de cor de elefante.”
E é isto mesmo que os elefantes fazem. Num certo dia do ano, pintam-se todos e desfilam. Nesse dia, se vires um elefante com a cor vulgar de um elefante, já sabes que deve ser o Elmer.
MCKEE, D. (1997). Elmer (Tradução de J. Oliveira, 4ª edição). Lisboa: Caminho.
Trabalhar a interdisciplinaridade com a história
Matemática - Lúdica
Trilha da matemática em busca do Elmer
Objetivos:
→ Desenvolver o cálculo mental, bem como familiarizar as crianças com as operações da adição e subtração, além de trabalhar com números pares e ímpares, maiores e menores, dúzia e meia dúzia, dezenas inteiras e decomposição;
→ Trabalhar com o quem sou eu, com o objetivo de aprofundar o conhecimento dos alunos na comparação dos números;
→ Cantando números, tendo o objetivo, de fazer com que os alunos percebam como os números estão presentes em canções populares e infantis;
Material:
→ Um dado grande;
→ Duas garrafas pet definindo os grupos A e B;
→ Questões matemáticas divididas por temas dentro do envelope;
→ Saco ou caixa para colocar os envelopes com as questões matemáticas.
Procedimentos:
Dividir os alunos em duplas. Discutir com eles se o número de alunos é par ou ímpar. Caso seja ímpar, será feito um trio. Colocar no pátio a trilha. Em cada casa, deve haver os temas da questão matemática, intercaladas. Um dos alunos da dupla será o “peão” o outro jogará o dado.
No caso de ser em trio, um será o “peão” e os outros dois se revezarão no lançamento do dado. Sorteia-se qual dupla será a primeira (a critério do professor e/ou alunos). O professor deverá ter, além das questões da trilha, algumas questões que ele fará no início do jogo. Escolhida a primeira dupla, o jogador que for o peão se colocará no início da trilha e o outro jogador lançará o dado. O professor fará então uma pergunta inicial, sorteando-a de um saco.
O jogador que lançou o dado deverá responder e, caso acerte, o “peão” andará o número de casas tiradas no dado. Se errar, continuará no mesmo lugar. A cada rodada, troca-se quem irá responder: se na primeira rodada responderam os lançadores, na segunda rodada responderão os peões. Ao final da primeira rodada, os “peões” que andaram casas passarão a responder as questões da trilha (cada um na casa em que está). Se, por exemplo, a primeira dupla acertou sua questão e havia tirado 2 no dado, então andará duas casas. Caso tenha caído na casa dos problemas, o professor dará um problema para ser resolvido. Vence o jogo a dupla que chegar ao final da trilha primeiro. Vale lembrar que as questões serão feitas oralmente e que, por isso, devem ser corrigidas na hora (quando a dupla responder, verificar se os outros alunos concordam ou discordam da resposta do colega, explicando o porquê).
Essa atividade colocará em evidência um grande desafio por meio do raciocínio lógico de forma lúdica.
Arte - Trabalhando o sentido do tato.
Confeccionar o elefante Elmer em papel pardo e colocar papéis de várias texturas, vários tipos de sementes e grãos, lantejoulas de tamanhos diferentes, lixa e algodão.
Fazer uma roda para que as crianças escolham um dos itens colocados à disposição para colar no Elmer.
Depois da colagem, cada criança com os olhos vendados tenta adivinhar o material que irá apalpar.
Continuando em Arte, após todos já ter contato com a história, colocar para a classe material de pintura, no qual cada um, desenhará de forma livre, o seu entendimento da história.
Português – Desafio das habilidades cognitivas
Em forma de pequenos textos, o aluno se deparará com problemas onde a soluções irá testar suas habilidades cognitivas. Pois, as habilidades cognitivas estão ligadas a execução de tarefas que demandam raciocínio lógico, memória, formação de conceitos, resolução problemas com múltiplas etapas, etc. Portanto, está diretamente ligada ao ensino convencional, inteligência e raciocínio.
Pois, é por meio da brincadeira que a criança se desenvolve e sem perceber aprende diversos conceitos significativos para sua vida. As crianças brincam com dedicação, entusiasmo e seriedade. As crianças investem no prazer lúdico, no desafio do momento, na alegria e até mesmo nos esforços sofridos para vencer os desafios de certos jogos. Jogando a criança, o jovem ou mesmo o adulto sempre aprende algo, sejam habilidades, valores ou atitudes, portanto, pode-se dizer que todo jogo ensina. É esta a proposta da atividade em português, haver uma interação da classe de forma lúdica.
Fontes de Consultas
- revistas educacionais: nova escola; Guia Prático para Professores de Educação Fundamental etc.
- internet/Google;
- livro: MCKEE, D. (1997). Elmer (Tradução de J. Oliveira, 4ª edição). Lisboa: Caminho.
Recursos
- DVD – Filme - Horton
- Aparelho de som;
- TV;
- Folha Chamex;
- Lantejoulas;
- Lixa;
- Algodão;
- Cartolina, etc.
Tempo Previsto:
Duas Semanas
Ajudar as crianças a se colocarem no lugar do outro. Pois aprendendo a cuidar do outro implica num intenso processo de interação e de formação de vínculos.
Atividades usadas na trilha:
ADIÇÃO: 8 + 3, 2 + 5, 9 + 4 etc.
SUBTRAÇÃO: 8 – 3, 7 – 4, 13 – 8 etc.
PROBLEMAS
1) Gabriel tinha 8 figurinhas repetidas do Elmer e deu 2 ao seu colega Fernando. Com quantas figurinhas do Elmer ficou?
2) Samuel adora brigadeiros. Numa festa de aniversário comeu 6 antes de comer o bolo e mais 7 depois. Quantos brigadeiros Samuel comeu?
CONCEITOS
Diga um número par;
16 é um número ímpar?
Diga um número maior que 64;
Qual é o menor: 24 ou 42?
Quanto vale uma dúzia e meia? etc.
DECOMPOSIÇÃO:
Quantas dezenas há em 62?
5 dezenas equivalem a quantas unidades?
Quantas dezenas há no número 75? etc.
Trabalhando Quem Sou Eu
NÚMERO 38 – estou entre 3 e 4 dezenas, sou um número par e o algarismo das unidades é maior que 7;
NÚMERO 15 – sou um número ímpar, tenho mais que dez unidades e somado com outro igual a mim dão 3 dezenas.
NÚMERO 26 – sou maior que duas dúzias, sou menor que 30 unidades e o algarismo das unidades é 6.
Cantando Números
Sugestão de músicas: A maior parte das canções e parlendas são de autoria desconhecida.
A pulga (Arca de Noé – Vinícius de Moraes)
Índiozinhos Um, dois, três, índiozinhos, quatro, cinco, seis, índiozinhos,
Sete, oito, nove índiozinhos, dez num pequeno bote.
Iam navegando pelo rio abaixo, quando o jacaré se aproximou,
E o pequeno bote com os índiozinhos, quase quase virou, mas não virou!
Mariana Mariana conta um, Mariana conta um,
é um, é um, é um é Ana, viva a Mariana, viva a Mariana
Mariana conta dois, Mariana conta dois,
É dois, é um, é dois, é Ana, viva a Mariana, viva a Mariana.
Mariana conta três, Mariana conta três,
É três, é dois, é um, é dois, é três, é Ana, viva a Mariana, viva a Mariana, ...
Elefante Um elefante incomoda muita gente,
dois elefantes incomodam, incomodam muito mais.
Três elefantes incomodam muita gente,
Quatro elefantes incomodam, incomodam, incomodam, incomodam muito mais, ...
Pipoquinha Uma pipoquinha pulando na panela, outra pipoquinha vem com ela discutir
É um tal de um tremendo falatório, que ninguém consegue se ouvir.
É um tal de poc, popoc, poc, poc, popoc, poc, poc, popoc, poc, pó!
Duas pipoquinhas pulando na panela, outra pipoquinha vem com elas discutir
É um tal de um tremendo falatório, que ninguém consegue se ouvir.
É um tal de poc, popoc, poc, poc, popoc, poc, poc, popoc, poc, pó!´. . .
Quilômetros Só faltam dez quilômetros, só faltam dez quilômetros,
Anda um pouquinho, descansa um pouquinho, só faltam nove quilômetros.
Só faltam nove quilômetros, só faltam nove quilômetros,Anda um pouquinho, descansa um pouquinho,
Só faltam oito quilômetros. . .
Caveiras Quando o relógio bate à uma, todas as caveiras saem da tumba.
Tumba lá catumba, tumba tá (repete)
Quando o relógio bate às duas, todas as caveiras pintam as unhas.
Tumba lá catumba, tumba tá (repete)
Quando o relógio bate às três, todas as caveiras imitam chinês.
Tumba lá catumba, tumba tá (repete)
Quando o relógio bate às quatro, todas as caveiras amarram o sapato.
Tumba lá catumba, tumba tá (repete)
Quando o relógio bate às cinco, todas as caveiras apertam o cinto.
Tumba lá catumba, tumba tá (repete)
Quando o relógio bate às seis, todas as caveiras jogam xadrez.
Tumba lá catumba, tumba tá (repete)
Quando o relógio bate às sete, todas as caveiras mascam chiclete.
Tumba lá catumba, tumba tá (repete)
Quando o relógio bate às oito, todas as caveiras comem biscoito.
Tumba lá catumba, tumba tá (repete)
Quando o relógio bate às nove, todas as caveiras dançam o rock.
Tumba lá catumba, tumba tá (repete)
Quando o relógio bate às dez, todas as caveiras comem pastéis.
Tumba lá catumba, tumba tá (repete)
Quando o relógio bate às onze, todas as caveiras tomam um bronze.
Tumba lá catumba, tumba tá (repete)
Quando o relógio bate às doze, todas as caveiras voltam pra tumba.
ACADÊMICAS PARTICIPANTES: Solange Branco, Renata Pascoal, Waléria Colpani, Viviane Coelho e Simone Lima. - Universidade UNIP - Out/2009.
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