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"Brincar com crianças não é perder tempo, é ganhá-lo; se é triste ver meninos sem escola, mais triste ainda é vê-los sentados enfileirados em salas sem ar, com exercícios estéreis, sem valor para a formação do homem."

( Carlos Drummond de Andrade )


segunda-feira, 12 de abril de 2010

Biografia, obras e estilo literário
Contista, ensaísta e tradutor, este grande nome da literatura brasileira nasceu na cidade de Taubaté, interior de São Paulo, no ano de 1882. Formado em Direito, atuou como promotor público até se tornar fazendeiro, após receber herança deixada pelo avô. Diante de um novo estilo de vida, Lobato passou a publicar seus primeiros contos em jornais e revistas, sendo que, posteriormente, reuniu uma série deles em Urupês, obra prima deste famoso escritor.
Em uma época em que os livros brasileiros eram editados em Paris ou Lisboa, Monteiro Lobato tornou-se também editor, passando a editar livros também no Brasil. Com isso, ele implantou uma série de renovações nos livros didáticos e infantis.
Este notável escritor é bastante conhecido entre as crianças, pois se dedicou a um estilo de escrita com linguagem simples onde realidade e fantasia estão lado a lado. Pode-se dizer que ele foi o precursor da literatura infantil no Brasil.
Suas personagens mais conhecidas são: Emília, uma boneca de pano com sentimento e idéias independentes; Pedrinho, personagem que o autor se identifica quando criança; Visconde de Sabugosa, a sabia espiga de milho que tem atitudes de adulto, Cuca, vilã que aterroriza a todos do sítio, Saci Pererê e outras personagens que fazem parte da inesquecível obra: O Sítio do Pica-Pau Amarelo, que até hoje encanta muitas crianças e adultos.
Escreveu ainda outras incríveis obras infantis, como: A Menina do Nariz Arrebitado, O Saci, Fábulas do Marquês de Rabicó, Aventuras do Príncipe, Noivado de Narizinho, O Pó de Pirlimpimpim, Reinações de Narizinho, As Caçadas de Pedrinho, Emília no País da Gramática, Memórias da Emília, O Poço do Visconde, O Pica-Pau Amarelo e A Chave do Tamanho.
Fora os livros infantis, este escritor brasileiro escreveu outras obras literárias, tais como: O Choque das Raças, Urupês, A Barca de Gleyre e o Escândalo do Petróleo. Neste último livro, demonstra todo seu nacionalismo, posicionando-se totalmente favorável a exploração do petróleo apenas por empresas brasileiras.
No ano de 1948, o Brasil perdeu este grande talento que tanto contribuiu com o desenvolvimento de nossa literatura.


DIA NACIONAL DO LIVRO INFANTIL

Dia Nacional do  Livro  Infantil Dia 18 de Abril é o Dia Nacional do Livro Infantil pois é a data de nascimento de um dos principais escritores de literatura infantil do Brasil, Monteiro Lobato! Ele criou aventuras com figuras bem brasileiras, recuperou os costumes e lendas do folclore nacional. E não parou por aí, misturou todos eles com elementos da literatura universal, da mitologia grega, dos quadrinhos e do cinema.
Ler um livro de Monteiro Lobato ou qualquer outro é entrar em um mundo novo e explorá-lo! Pois é, o livro é mágico por isso, nos permite viajar para lugares inacreditáveis e não queremos mais parar.
Se você ainda não mergulhou nas aventuras mágicas dos livro, indicamos alguns escritores brasileiros para você começar: Ziraldo, Monteiro Lobato e Ruth Rocha.
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Os Personagens do Sítio
Um pequeno trecho na mini-biografia de Lobato publicada nas várias edições de O Sítio do Picapau Amarelo, pela Editora Brasiliense, nos anos 70 - nas quais também se encontram as maravilhosas ilustrações de Manoel Victor Filho, explica de maneira resumida a personalidade de cada um dos prinicipais personagens do Sítio.
“Através de Emília diz tudo o que pensa; na figura do Visconde de Sabugosa, critica os sábios que só acreditam nos livros já escritos. Dona Benta é o adulto que aceita a aprende com a imaginação criadora das crianças, admitindo as novidades que vão modificando o mundo. Tia Nastácia é o adulto sem cultura que vê no desconhecido o mal e o pecado. Narizinho e Pedrinho são o eterno espírito infantil, abertos a tudo, desejando ser felizes, confrontando suas experiências com o que os mais velhos dizem e nunca deixando de acreditar no futuro”.
Nas cidades e nas roças, todo mundo tem medo de Saci. É um perneta muito safado que adora fazer estripulias nos terreiros das fazendas e assustar os animais no pasto. Pedrinho, que não tem medo de nada, conseguiu caçar um com a peneira e colocá-lo na garrafa, como ensinou um velho caboclo das vizinhanças. Mas logo devolveu a liberdade ao Saci e ficaram amigos. O Saci ensinou a Pedrinho os segredos da floresta.
É uma horrenda bruxa que mora numa caverna escura. Tem cara de jacaré e garras nos dedos como os gaviões. Velha como o tempo, dorme uma noite a cada sete anos. Quando fica brava, dá para ouvir o seu urro de raiva a 10 léguas de distância. Um dia ela raptou e encantou a Narizinho. Pedrinho, com ajuda do Saci, conseguiu o fio de cabelo de uma Iara e quebrou o encanto.
Esse porquinho salvou-se de ir para o forno porque Narizinho brincava com ele desde pequenino. Foi batizado de Rabicó porque só possuía um toquinho de cauda. Só pensa em comer. Entrou pra turma, virou marquês, e participa de todas as aventuras.
Lúcia é a neta da dona Benta e mora com ela na casa grande do Sítio do Picapau Amarelo. Por causa de seu nariz arrebitado todo mundo a chama de Narizinho. Ela adora pipoca e já sabe fazer os bolinhos de polvilho da Tia Nastácia. Ela atua como uma rainha do Sítio mas, contente mesmo, só quando o Pedrinho vem de férias e os dois participam de grandes aventuras.



É o neto querido de Dona Benta, o primo querido de Narizinho. Tem 10 anos, mora e estuda na cidade e o que mais gosta no mundo é passar as férias no sítio da vovó. Adora também café com bolinho de frigideira preparados pela Tia Nastácia. É um menino de grande coragem. Não tem mesmo medo de nada. Quando apareceu uma onça, ele organizou uma caçada e trouxe a bicha morta. Foi o único que conseguiu pegar um Saci e conhecer os mistérios da noite na floresta.



É uma boneca de pano feita pela Tia Nastácia, com olhos de retrós preto, sobrancelhas lá em cima. Era muda até que engoliu a pílula da fala inventada pelo doutor Caramujo. A partir daí, fala como uma matraca. Emília é muito independente, a tal ponto que ela mesma se auto define como "independência ou morte". É também uma filósofa que acredita que "a verdade é uma espécie de mentira bem pregada das que ninguém desconfia".


Foi feito de um sabugo de milho, com umas palhinhas no pescoço, usa cartola na cabeça e tem um sinal de coroa na testa. Por isso é o Visconde de Sabugosa. Um verdadeiro sábio. Estuda muito. Quase morreu empanturrado de álgebra. Ensina geografia e geologia pra turma e ajudou a descobrir petróleo nas terras do sítio. E como ele sabe sobre petróleo...



A melhor quituteira deste e de todos os mundos que existem. Ela cozinhou até para São Jorge, na Lua. Quem comia uma vez os seus bolinhos não podia nem sequer sentir o cheiro de bolos feitos por outras cozinheiras. Além de cuidar da cozinha, ela é uma faz-tudo na casa. Foi ela quem praticamente criou a Narizinho, e quem fez a Emília. É uma grande contadora de estórias. A turma do sítio adora ficar à noite ouvindo seus " causos ", comendo rosquinha de polvilho.



Dona Benta Encerrabodes de Oliveira, uma grande mestra na geografia. Essa senhora com cerca de 60 anos é dona do Sítio do Picapau Amarelo, um lugar muito bonito, com uma casa grande, muito antiga onde tudo é muito amplo e fresco. Ela mora aí com a Tia Nastácia, que cuida da cozinha e da limpeza da casa e sua neta Lúcia, que todo mundo conhece como Narizinho. Pedrinho, outro neto de Dona Benta, não troca o sítio por nenhum outro lugar do mundo para passar suas férias. Nesse sítio acontecem as coisas mais incríveis. Até petróleo encontraram. Furaram um poço com uma produção de 500 barris por dia. Com isso, de uma hora, para outra Dona Benta que era pobre virou rica. É um rinoceronte enorme que fugiu de um circo de cavalinhos no Rio de Janeiro e foi parar nas matas do Sítio de dona Benta. No começo só a Emília sabia onde ele estava. Antes de entrar para a turma do Pedrinho deu muito trabalho, assustando muita gente. Depois amansou, enturmou e foi batizado de Quindim, um verdadeiro craque na gramática.
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